História e Bíblia

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

QUEM É O ESPÍRITO SANTO ?

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?


(Billy Graham)


O Espírito Santo é uma Pessoa


A Bíblia ensina que o Espírito Santo é uma pessoa. Jesus nunca chamou o Espírito Santo de "isto" quando falava dEle. Em João 14, 15 e 16, por exemplo, Jesus falou do Espírito Santo como "Ele", porque Ele não é uma força ou uma coisa, mas uma pessoa. Falta instrução ou mesmo discernimento a alguém que trata o Espírito Santo como "isto".

Na Bíblia vermos que o Espírito Santo tem intelecto, emoções e vontade. Além disto, a Bíblia diz que Ele faz coisas que uma força não faria, somente uma pessoa real.

Ele fala: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas, Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus" (Apoc. 2:7).

"E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Atos 13:2).

Ele intercede: "Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havermos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis" (Rom. 8:26, IBB).

Ele testifica: "Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei do parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim" (João 15:26).

Ele guia: "Então disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro, acompanha-o" (Atos 8:29).

"Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus." (Rom, 8:14).

Ele ordena: "E percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas a Espírita de Jesus não o permitiu" (Atos 16:6, 7).

Ele conduz: "Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir" (João 16:13).

Ele nomeia: "Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho. Pois o Espírito Santo os pôs como guardiães do rebanho, para pastorear a Igreja de Deus, que ele comprou por meio do sangue do Seu própria Filho" (Atos 20:28, BLH).

Pode-se mentir para Ele: "Então disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus" (Atos 5:3, 4).

Pode-se insultá-Lo: "De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos rés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?" (Heb. 10:29).

Pode-se blasfemar contra Ele: "Por isso vos declaro: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra a Espírito Santo não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isto perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isto perdoado, nem neste mundo, nem no porvir" (Mat. 12:31, 32).

Pode-se entristecê-Lo: "E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes seladas para o dia da redenção" (Efés. 4:30).

Cada uma das emoções e atitudes que alistarmos são características de uma pessoa. O Espírito Santo não é uma força impessoal, como a gravidade e o magnetismo. Ele é uma Pessoa, com todos os atributos de uma personalidade. Mas não é só Pessoa; também é divino.


O Espírito Santo é uma Pessoa Divina: Ele é Deus


Em toda a Bíblia poremos ver claramente que o Espírito Santo é o próprio Deus. Isto poremos deduzir dos atributos que a Escritura Lhe confere. Estes atributos, sem exceção, são os da próprio Deus.

Ele é eterno: Isto significa que nunca houve um momento em que Ele não existiu. "Muito mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo!" (Heb. 9:14).

Ele é Todo-Poderoso: "Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer, será chamada Filho de Deus" (Lucas 1:35).

Ele é Onipresente (está em todo lugar ao mesmo tempo): "Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?" (Salmo 139:7, IBB).

Ele sabe tudo (é onisciente): "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; parque o Espírito a todas estas coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus" (I Cor. 2:10, 11).

Ele é chamado Deus: "Então disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus" (Atos 5:3, 4, grifo meu).

"E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Cor. 3:18).

Ele é o Criador: A primeira referência bíblica ao Espírito Santo está em Gênesis 1:2, onde lemos: "O Espírito de Deus pairava por sobre as águas". No entanto, Gên. 1:1 diz: "No princípio criou Deus os céus e a terra". E em Colossenses 1, escrevendo à Igreja de Colossos sobre o Senhor Jesus Cristo, no meio de outras grandes verdades Paulo nos diz. "Nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste" (é conservado em ordem e harmonia, BLH) (Col. 1:16, 17).

Assim, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo estavam juntos criando o mundo. É da máxima importância para todos os cristãos compreender e aceitar estes fatos, tanto na teologia como na prática.

Certa vez eu fiz algumas destas afirmações diante de seminaristas. Um deles perguntou: "Geralmente Ele é mencionado por último. Isto não implica em inferioridade?" Só que em Romanos 15:20 Ele não é mencionado por último: "Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor." E em Efésios 4:4 Paulo diz: "Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação".

Mais que isto, a colocação usual das três pessoas da Trindade no Novo Testamento tem a ver com sua seqüência e função. Dizemos, por exemplo, que oramos ao Pai, através do Filho, no poder do Espírito Santo. Eu já mostrei antes que, em termos de função, o Pai veio primeiro, depois a Filho se encarnou, morreu e ressuscitou. Agora, o Espírito atua nesta era do Espírito. A seqüência não prejudica a igualdade, só tem a ver com função e cronologia.


GRAHAM, Billy. O Espírito Santo. Vida Nova, São Paulo, SP. 1983.




sábado, 24 de julho de 2010

Jean de Léry e o índio Tupinambá


Abaixo temos a discrição de um diálogo entre um navegador francês, pastor calvinista, e um indígena. A conversa ocorreu entre 1557 e 1558.


DOCUMENTO


Conversa entre Jean de Léry e um velho índio Tupinambá no século XVI


- Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?


Respondi que tínhamos muita, mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele supunha, mas dela extraímos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente:


- E porventura precisais de muito?

- Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados.


- Ah! Retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas; acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: Mas esse homem tão rico de que me falas não morre?

- Sim, disse eu, morre como os outros.


Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo:


- E quando morrem para quem fica o que deixam?

- Para seus filhos, se os têm, respondi; na falta destes, para os irmãos ou parentes próximos.


- Na verdade, continuou o velho, que como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem ! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois de nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.


Fonte: BUENO, Eduardo. Pau-Brasil. Ed Objetiva.


O diálogo acima ainda é atual e digno de reflexão.





quarta-feira, 21 de julho de 2010

Os pastores estão se esquecendo do principal


Os pastores estão se esquecendo do principal

Ricardo Gondim


“Os pastores estão se esquecendo do principal. Não fomos chamados para ter ministérios bem-sucedidos, mas para continuar o ministério de Jesus, que foi amigo dos pecadores e compassivo com os pobres, e identificou-se com as dores das viúvas e dos órfãos. Ser pastor não é acumular conquistas acadêmicas, não é conhecer políticos poderosos, não é ser um gerente de grandes empresas religiosas, não é pertencer aos altos escalões das hierarquias religiosas. Pastorear é conhecer e vivenciar a intimidade de Deus com integridade. Pastorear é caminhar ao lado da família que acaba de enterrar um filho prematuramente e que precisa experimentar o consolo do Espírito Santo. Pastorear é ser fiel a todo conselho de Deus; é ensinar o povo a meditar na Palavra de Deus. ser pastor é amar os perdidos com o mesmo amor que Deus os ama”


(GONDIM, Ricardo. O que os evangélicos não falam. Viçosa, MG: Editora Ultimato, 2006, p. 141)







O livro “O que os evangélicos não falam” é uma obra que traz uma reflexão bem atual do comportamento do cristianismo brasileiro. Sua leitura certamente nós leva a considerar frente a frente o evangelho que vemos no dia a dia, e o evangelho das Escrituras Sagradas.












quinta-feira, 15 de julho de 2010

O DIABO MORA NA PORTA DA NECESSIDADE



O DIABO MORA NA PORTA DA NECESSIDADE


Caio Fabio


Jesus disse aos judeus que Deus poderia “das pedras suscitar descendência à Abraão”. Entretanto, Ele negou-se a transformar pedras em pães. Mas, paradoxalmente, iniciou Seu ministério transformando água em vinho.


Portanto, quando da tentação—ocasião na qual negou-se a transformar pedras em pães—a ênfase não recai na violência essencial, do ponto de vista físico, que tal “transformação” implicaria, mas sim nas razões que o induziam a ver naquilo uma tentação.


Ora, Ele estava sendo sugestionado pelo diabo, e, em toda sugestão que carregue uma motivação errada, não importando o que seja, seguí-la, é sempre algo mal.


Aqui, neste ponto, fica claro que a questão de Jesus para não realizar aquele feito, não era de natureza moral e nem teológica, mas sim existencial. Seguir aquela sugestão seria mal tanto em razão da motivação—de um lado, fome; de outro, demonstração de poder—, quanto também em razão do motivador: o diabo.


De fato, o diabo mora na esquina onde a necessidade e oferta se encontram sob o patrocínio da fome.


O interessante, naquele episódio, é que o diabo não faria nada, e não fez nada, exceto sugerir que Jesus fizesse algo por Si mesmo. Isto porque o diabo precisa do indivíduo para realizar qualquer coisa. O diabo não realiza nada na Terra sem o homem.


O mal não é pré-definido, necessariamente. Às vezes ele o é, e todos sabemos quando ele já chega com sua própria cara. Na maioria das vezes, entretanto, o mal não tem cara de nada mal, exceto pelo fato que ele realiza o casamento da necessidade instintual ou existencial, com a oferta de algo que seria anti-natural, mas realizaria um alívio imediato.


As tentações que nascem do instinto e da existencialidade são poderosas. Aliás, essas são as únicas tentações que de fato tentam.


O erro, nesse caso, está na entrega da necessidade à sugestão que vem de fora. É esse ceder à sugestão aquilo que conflitua a alma. Isto porque, sozinho, Jesus jamais transformaria pedras em pães a fim de se alimentar. Mas quando o diabo se imiscui no ambiente da necessidade, então, a simples fome virou tentação.


Ter fome não é mal, ao contrario, é bom. Pouca coisa é tão ruim quanto fome zero. Viver sem fome pode ser muito ruim, e quem já sofreu de algum tipo de inapetência sabe o que estou falando.


O equilíbrio da existência está entre a fome e o pão. Pão sem fome é um horror, e fome sem pão é uma desgraça.


É justamente nesse limbo que o diabo mora!


O diabo não vive do que é mal, mas sim de transformar o que é bom em algo ruim, pois que, tal coisa, se realizaria como concessão dele. O diabo adora pretender fazer concessões. Ele sabe que são essas concessões ilegítimas aquilo que torna até o ato de comer pão em algo culposo.


Na realidade aceitar algo como concessão do diabo é aquilo que torna qualquer coisa em algo ruim.


Nesse caso, o corpo treme de fome, e as pulsões de estranhos desejos se somam à necessidade, e a alma mergulha a caminho da transgressão a si mesma.


Pior do que a fome é o pão que carrega a sugestão do diabo!


Jesus se viu livre da tentação não negando a necessidade (o pão), mas afirmando a necessidade superior do ser: comer também e, sobretudo, a Palavra de Deus.


Negar a fome aumenta a tentação. Assumi-la, esvazia a tentação.


Quando você estiver com “fome”, e for algo normal, não negue a fome—afinal, depois de 40 dias e noite quem não estivesse morrendo de fome seria anormal—, ao contrário, respeite-a e chame-a pelo nome, você mesmo, e não deixe que ninguém se torne senhor de sua necessidade.


Jesus saiu dali e foi comer. E comeu comida de anjos. Mas só comeu o que era bom porque negou-se a comer conforme o cardápio do diabo.


Nenhuma necessidade humana é pecaminosa. A pecaminosidade da necessidade é apenas fruto da sugestão e de como ela vem.


Ora, assim como é com Deus, assim também é com o diabo, pois a questão não é o quê, mas sim como.


Sim, eu repito: a questão não é o quê—posto que todas as coisas provêm de Deus—mas sim “como”, posto que nem tudo o que é bom, é bom sempre, pois todo bem se torna em mal quando o patrono da solução é o diabo.


Assim, não se preocupe com a sua fome, mas apenas com as “soluções” que você encontra.


E lembre-se: Nem só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus.


***


Se você gostou deste artigo conheça o site: http://www.caiofabio.net/2009/default.asp


Faça o cadastro gratuito e assista o canal do pastor Caio Fabio, clique aqui: http://www.vemevetv.com.br/#




terça-feira, 13 de julho de 2010

A Resposta de Deus está na humanidade de Jesus


"Um pastor e o Menino" pintura de Jenifer Swindle

A Resposta de Deus está na humanidade de Jesus


Lucas 2. 8 – 18.


8. Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite.

9 E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.

10 O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:

11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.

13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:

14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.

15 E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.

16 Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura.

17 E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino.

18 Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores.


Muitas vezes esperamos que de repente Deus faça um grande acontecimento espantosos que surpreenda toda humanidade e transforme de vez o mundo decaído em um lugar de plena paz. Essa expectativa também era vivida pelos judeus do inicio do século I. O Império Romano havia subjugado a região da Palestina e os judeus já não tinham mais autonomia política. A esperança deles era que surgisse alguém como Moisés, um grande libertador que com poderes extraordinários humilhara Faraó e o Egito com as 10 grandes pragas. Ou um grande rei como Davi, guerreiro e que fez com Israel dominasse os povos vizinhos.


Mas, Deus visitou os judeus e enviou o socorro, porém, muito diferente do esperado, pois a resposta divina estava em “uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura” (v. 12).


O mais interessante é que o anjo do Senhor estava ali, a Gloria de Deus estava ali, e mais, “uma multidão da milícia celestial” estava em Israel, em plena opressão romana. Ah, se todo judeu pudesse ter visto o que os pastores viram, certamente pensariam que era chegado o momento de uma grande realização que destroçaria os romanos e colocaria o povo judeu como os grandes dominadores do mundo. Mas NÃO. A resposta de Deus para os problemas conflitantes de seu povo (e de toda humanidade) estava não nos anjos e nem no exército deles, mas na simples e ao mesmo tempo poderosa humanização de Jesus Cristo. Nem mesmo foram os anjos que anunciaram ao povo esse acontecimento, mas eles encarregaram os pastores (homens simples) para divulgarem a boa nova.


A PAZ na Terra surgiu não dos anjos, mas do nascimento de Jesus. E ainda hoje, enquanto buscarmos ou esperarmos em acontecimentos suntuosos para modificarem o curso da História nós estaremos fora da diretriz de Deus. A resposta é simples e está na vida de Jesus, pois sua forma de viver deve ser a fonte de inspiração que transforma os homens e a sociedade trazendo a realização da Paz, não apenas interior, mas completa e integral, que atinge o ser humano em sua plenitude.


Se o que ele disse for observado e considerado, certamente o mundo será outro. Não adiante culpar Deus pelas desgraças humanas, que nós mesmos produzimos. Não adiante dizer que Deus não faz nada e por isso ele não existe ou não liga para nós. ELE já deu a resposta a cerca de 2000 anos atrás, apenas nos falta crer que num ato singelo (um menino numa estrebaria) estava a fonte da PAZ NA TERRA!

Alexandre L M Brandão



domingo, 11 de julho de 2010

Projeto inacabado.


Projeto inacabado.
(Ricardo Gondim)


Cuidado, estou em obras.
Sou
vala recortada,
rabisco de prancheta,
mal traçadas linhas,
alinhavos tortos.


Calma, continuo cru.
Sou um por fazer,
O forno não esquentou,
A cola não secou,
O dia não raiou.


Paciência, ainda não curei.
A cortina não desceu,
O gol não saiu,
A pipa não voou,
O Ricardo não nasceu.

Soli Deo Gloria.


Clique aqui e conheça o site http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.painel.asp?tp=73



Ouça Reflexões com Pr. Ricardo Gondim

Em São Paulo, de segunda à sexta:
As 17hs na Rádio Musical FM 105,7.
E das 23 às 00hs na rádio Objetiva Sat FM 93.3.

Em fortaleza, de segunda à sexta:

De 12h00 às 13h00, FM Apostólica 96,5.


terça-feira, 6 de julho de 2010

Oração da Paz




Oração é falar com Deus! Não é mera repetição de palavras decoradas e que na maioria das vezes as pessoas nem sabem seu significado. Nem é a petição de outra pessoa que eu repito. Mas é conversar livremente com o Pai sobre aquilo que está no intimo dos nossos corações. A oração é tão maravilhosa que carrega em si a revelação das coisas que nos são mais caras e desejadas, pois são justamente estas que apresentamos Àquele que tudo pode, enquanto oramos. Entretanto, pessoas expressaram esse desejo de modo escrito, e é justamente a beleza de um coração refletido em palavras o que podemos ler abaixo, e tomarmos como meditação, para verificação, daquilo que em conformidade com o Evangelho são as coisas mais precisas, tais como tesouros ocultos (no ser, na alma) mas, que se revelam em palavras, numa oração.


Oração da Paz


(também conhecida como oração de São Francisco)


Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.

Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,

Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.

Onde houver Discórdia, que eu leve a União.

Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.

Onde houver Erros, que eu leve a Verdade.

Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.

Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.

Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!


Ó Mestre,

fazei que eu procure mais:

consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois é dando, que se recebe.

Perdoando, que se é perdoado e

é morrendo, que se vive para a vida eterna!

Amém




quinta-feira, 1 de julho de 2010

Contra o consumismo




Quatro “erres” contra o consumismo


A fome é uma constante em todas as sociedades históricas. Hoje, entretanto, ela assume dimensões vergonhosas e simplesmente cruéis. Revela uma humanidade que perdeu a compaixão e a piedade. Erradicar a fome é um imperativo humanístico, ético, social e ambiental. Uma pré-condição mais imediata e possível de ser posta logo em prática é um novo padrão de consumo.


A sociedade dominante é notoriamente consumista. Dá centralidade ao consumo privado, sem autolimite, como objetivo da própria sociedade e da vida das pessoas. Consome não apenas o necessário, o que é justificável, mas o supérfluo, o que questionável. Esse consumismo só é possível porque as políticas econômicas que produzem os bens supérfluos são continuamente alimentadas, apoiadas e justificadas. Grande parte da produção se destina a gerar o que, na realidade, não precisamos para viver decentemente.


Como se trata do supérfluo, recorrem-se a mecanismos de propaganda, de marketing e de persuasão para induzir as pessoas a consumir e a fazê-las crer que o supérfluo é necessário e fonte secreta da felicidade.


O fundamental para este tipo de marketing é criar hábitos nos consumidores a tal ponto que se crie neles uma cultura consumista e a necessidade imperiosa de consumir. Mais e mais se suscitam necessidades artificiais e em função delas se monta a engrenagem da produção e da distribuição. As necessidades são ilimitadas, por estarem ancoradas no desejo que, por natureza, é ilimitado. Em razão disso, a produção tende a ser também ilimitada. Surge então uma sociedade, já denunciada por Marx, marcada por fetiches, abarrotada de bens supérfluos, pontilhada de shoppings, verdadeiros santuários do consumo, com altares cheios de ídolos milagreiros, mas ídolos, e, no termo, uma sociedade insatisfeita e vazia porque nada a sacia. Por isso, o consumo é crescente e nervoso, sem sabermos até quando a Terra finita agüentará essa exploração infinita de seus recursos.


Não causa espanto o fato de o Presidente Bush conclamar a população para consumir mais e mais e, assim, salvar a economia em crise, lógico, à custa da sustentabilidade do planeta e de seus ecossistemas. Contra isso, cabe recordar as palavras de Robert Kennedy, em 18 de março de 1968: ”Não encontraremos um ideal para a nação nem uma satisfação pessoal na mera acumulação e no mero consumo de bens materiais. O PIB não contempla a beleza de nossa poesia, nem a solidez dos valores familiares, não mede nossa argúcia, nem a nossa coragem, nem a nossa compaixão, nem a nossa devoção à pátria. Mede tudo menos aquilo que torna a vida verdadeiramente digna de ser vivida”. Três meses depois foi assassinado.


Para enfrentar o consumismo urge sermos conscientemente anti-cultura vigente. Há que se incorporar na vida cotidiana os quatro “erres” principais: Reduzir os objetos de consumo, Reutilizar os que já temos usado, Reciclar os produtos dando-lhes outro fim e finalmente Rejeitar o que é oferecido pelo marketing com fúria ou sutilmente para ser consumido.


Sem este espírito de rebeldia conseqüente contra todo tipo de manipulação do desejo e com a vontade de seguir outros caminhos ditados pela moderação, pela justa medida e pelo consumo responsável e solidário, corremos o risco de cairmos nas insídias do consumismo, aumentando o número de famintos e empobrecendo o planeta já devastado.

Leonardo Boff - Teólogo



***




O cristão e o consumismo


Lucas 12. 15

“Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.”


“O homem é filho do seu tempo”. Essa frase é conhecida de todo historiador, e carrega uma grande verdade: nós somos “um produto” das circunstâncias que nos rodeiam, ou seja, muito daquilo que pensamos, cremos, entendemos, fazemos e produzimos tem haver com a forma de ser da sociedade em que nascemos e fomos criados.


Sendo assim o mundo capitalista, consumista e individualista que vigora hoje tem determinado em muito a forma de cristianismo vigente. Porém, isso é ceder ao que não é evangelho, pois este foi produzido não com pressupostos do capitalismo. Mas interpretações, criações de instituições religiosas, formação teológicas, podem sim, terem sido formadas a partir da mistura profana de elementos do verdadeiro evangelho com o que determina a sociedade. Basta uma simples olhada em canais evangélicos, ou uma rápida visita em sites ou cultos de muitas igrejas, e fazer uma comparação. O que tem na bíblia de campanhas do tipo “corrente dos empresários”, “voto da casa, carro, próprio”? Até mesmo nas músicas gospel percebe-se o distanciamento do teor de suas letras dos ensinamentos do evangelho e a aproximação clara de uma vida onde a felicidade é pautada no consumismo. Pode-se até mesmo ir mais longe. Basta pesquisarmos um pouco sobre a História da Igreja, e logo vamos perceber a grande diferença do propósito de vida dos primeiros cristãos com o modo de vida dos cristãos de hoje. Antes a vida cristã era pensada comunitariamente, seja nas orações de uns pelos outros, seja no partir do pão, que ia além do pão partido na ceia, para a caridade que alimentava os menos favorecidos. Hoje, grande parte dos cristãos se preocupa com a felicidade própria, orando por si mesmos, e buscando uma prosperidade que apenas o contemple. Dessa forma o mercado está até mesmo dentro das igrejas, não apenas no comércio de material evangélico, mas na “venda do favor de Deus” – como quando uma água supostamente ungida é vendida, ou simplesmente se diz que na oferta está o poder de alcançar o favorecimento de Deus, ou seja, um evidente comércio onde há troca de valores, a compra de coisas.


Um pequeno teste:


Qual igreja hoje é capaz de ler, pregar, ensinar e viver pelo menos esse texto do evangelho?


Lucas 14. 12 – 14.


“E dizia também ao que o tinha convidado: Quando deres um jantar, ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado. Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos. E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.”


Agora cabe a pergunta: A igreja de hoje é filha desse tempo consumista, capitalista e individualista? Ou a igreja é filha do evangelho?


Uma coisa é certa, até para o mais ateu historiador, o evangelho não é filho, nem criação desse sistema que impera na atualidade!


A igreja tem a possibilidade de escolher entre o evangelho puro e simples, como está escrito, ou seguir o curso desse mundo!


Alexandre L.M Brandão.