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sábado, 12 de maio de 2012

O DEUS QUE FALA DO MEIO DO REDEMOINHO






O DEUS QUE FALA DO MEIO DO REDEMOINHO
Caio Fabio

“Depois disto, o Senhor, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó...”

Jó foi o homem que conheceu o poder construtivo das perdas.

Perdeu tudo. Perdeu todos. Os filhos haviam morrido, seus bens roubados ou devastados pelas catástrofes que sobre ele se abateram. Sua saúde é atingida de tal modo que ele fica por um fio: incapaz de viver e incapaz de morrer – existindo no limbo onde nem a vida e nem a morte lhe são possibilidades de alívio. Sua mulher se des-casa de sua dor. Seus servos já não o reconhecem. Sua dignidade e virtudes antes aclamadas são agora interpretadas por quase todos como uma grande falsificação. E, por último, perde os amigos, que interpretam sua calamidade como um juízo divino sobre a sua vida.

Jó ficou só. E a companhia de seus amigos acusadores se lhe tornou presença idêntica a do Acusador. Seus amigos, sem o saberem, haviam se tornado mais danosos à sua alma que Satanás.

Jó quer saber o por quê. Geme. Pede a morte. Deseja ser um aborto. Amaldiçoa o dia de seu nascimento. Denuncia a História Humana como cenário do Absurdo e da Injustiça. E, diante dos amigos, nega-se a confessar-se para além do que já dissera.

Jó se permite sofrer. Jó conhece a Indisponibilidade de Deus e dos homens e começa a adoecer de um mal maior. Jó estava ficando amargurado com as interpretações homens e com o silêncio de Deus. E no seu desespero, ele constitui Deus seu Advogado contra Deus e os homens.

As vozes tanto dos juízos humanos de seus amigos quanto as dos clamores de Jó cessam apenas quando Deus “responde” a Jó do meio de um redemoinho!

Sempre me perguntei por quê Deus falou a Jó do “meio de um redemoinho”. Ora, a vida de Jó estava sob total poder avassalador. Sua existência havia sido “varrida” pela força daquele diabólico “tornado” que destruíra tudo o que ele amava e havia construído. Daí, então, a imagem ser perfeita.

Era como se Deus dissesse: “Eu estou no meio de teus tormentos!”

O fato mais interessante é que o “meio do redemoinho” é um lugar de paz. Hoje sabemos que no “olhinho”, no centro das tensões que formam o fenômeno do redemoinho, existe um silêncio total, uma calma absolutamente chocante, uma “causa-paz” que contraria o “efeito-catástrofe” por ele manifesto. E aqui há uma “parábola”. Isto porque o redemoinho é produto de uma relação de causa e efeito estudável no universo das leis fixas. Mas, estranhamente, existe uma “contradição” nele, pois, no meio da devastação existe um lugar oposto, um lugar de paz. E é desse “lugar” que Deus fala a Jó. E, assim, Deus usa um fenômeno de “causa e efeito” a fim de manifestar a “não-causalidade” dos efeitos que Jó experimentava na carne. Jó era vítima de fenômenos físicos e espirituais, mas seu Deus continuava o mesmo e não havia se permitido mudar pelas tormentas que quase mataram Seu “amigo Jó”.

Na maioria das vezes é no meio do redemoinho onde se encontra a maior Graça!






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